domingo, 30 de outubro de 2011

Agenda cheia para espantar a solidão

Segundas e quartas yoga, terças e quintas inglês e sextas sair com os amigos. Sábados agenda flexível para algo diferente (mas que deve ser preenchida até terça-feira às 18 horas) e domingos almoço com a família.

Pronto, agenda lotada e nenhum tempo para se sentir só. Será?! Às vezes, preenchemos nosso dia com um monte de atividades para não pensarmos em nossas próprias vidas. Mas, estar cercado de pessoas e sempre ocupado não diminui a sensação de vazio que experimentamos quando nos sentimos sós.

As situações são como pensamos que elas sejam, óbvio, não!? Se acharmos que somos sozinhos, nos sentiremos sós, independentemente, de estarmos nesse mundão com mais 6 bilhões de pessoas! Na verdade, somos sozinhos, é um fato. Nascemos sozinhos, comemos sós e morreremos da mesma forma que viemos ao mundo, sem ninguém.


As pessoas que nos acompanham no dia a dia hoje, serão outras no futuro. Iludimo-nos ao achar que ao ter alguém sempre ao nosso lado seremos mais felizes e menos sós. Essa conta não bate. Quanto maior o apego às pessoas que nos cercam, mais solidão.

É um ciclo vicioso, procuramos alguém para não sentir solidão, nos apegamos a esse indivíduo e quando ele se vai, sentimo-nos, novamente, entregues a nós mesmos. E vá lá procurar outro para preencher o vazio. O ciclo só será quebrado, quando aceitarmos a condição de que o homem é, necessariamente, só, apesar de viver em sociedade.

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