domingo, 18 de dezembro de 2011

Encare! Você não é o centro do universo!


Autoria: Talita R da Silva.


Isso mesmo, começaremos esse texto com duas exclamações e uma filosofia mais do que óbvia, você não é o centro do universo. Eu não sou o centro do universo. Mamãe não é o centro do universo. Papai também não o é. Ou seja, ninguém é o centro do universo.

Por muito tempo, acreditou-se que a Terra era o centro do universo e que, portanto, sol, lua e estrelas orbitavam em torno de nosso planetinha azul. Errado! A Terra não é centro do universo. Ou seja, nenhum de nós tem qualquer chance de estar, minimamente, no centro do universo. E, segundo Nietzche, esse é um dos três grandes traumas da humanidade. Ou seja, é duro perceber que estamos valendo tanto quanto banana em fim de feira. Mas essa é a realidade. Encare os fatos!

A Terra não é o maior nem o menor planeta da Via Láctea, tampouco o mais quente ou o mais frio, etc. Trocando em miúdos, nosso planeta não passa de mais um medíocre dentre outros 50 bilhões, lembrando que estamos tratando APENAS da Via Láctea. Além disso, por si só, a Terra abriga, pelo menos, 7 bilhões de pessoas. Ou seja, caro amigo, você corresponde a menos do que uma poeira cósmica diante do mundo. Mas não desanime, não! Poderia ser pior.

Você poderia, por exemplo, ser um nada, que pensa que está acima da humanidade. Você poderia ser um nada, que acha que o mundo lhe deve alguma coisa. Você poderia ser um nada, que torra a paciência alheia, nas redes sociais, com suas megalomanias:

_Saindo para tomar banho.

Sério, colega, seu banho só importa mesmo à empresa que administra o saneamento básico de seu município. Mas esse “evento” poderia parecer mais imbecil ainda. Você poderia curtir esse SEU comentário. Mas poderia ser, ainda, pior. Jura? Sim! Você poderia SE comentar:

_Faces, só tomo banho de água super quente. Frescura, né?

Vai lá curtir mais esse SEU comentário.

Nota óbvia do dia: Favor, terráqueo, localize-se!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Amizade colorida pode ficar negra

Recentemente,  falei sobre a supervalorização do amor romântico, mas estive pensando mais um pouco e conversando com pessoas mais experientes do que eu cheguei a conclusão de que estava equivocada.
O que acontece, realmente, é a banalização de sentimentos genuínos e verdadeiros como o amor. Há um forte apelo para o individualismo, principalmente, nos grande centros urbanos. Às vezes, mal conhecemos nossos vizinhos! Como se cada vez mais a única coisa que importasse no mundo fosse apenas nosso próprio umbigo. Dessa forma, fica difícil construir um relacionamento em que exista o tão falado amor. Porque amor, aquele de verdade mesmo, para mim, só construindo mesmo.
Agora as pessoas lhe dizem que não querem se envolver, querem se divertir sair, transar, mas sem nenhum compromisso. Vamos traduzir isso: “quero sair com você enquanto me for conveniente, na verdade, não me importo com você, então, não espere de mim nada que não seja o mais puro egoísmo.”
_ Oras, você está sendo muito radical no seu julgamento.
_Não estou sendo, não! Alguém que de cara já procura um relacionamento fugaz e não quer se comprometer está pensando, unicamente, em se dar prazer, viver uma vida hedonista. Da minha parte, acho que qualquer relacionamento exige uma cota de comprometimento.
O que é comprometimento afinal? É envolvimento, é importar-se com os sentimentos dos outros e com o bem-estar deles. 
Recentemente, dois filmes sobre esse tipo de relacionamento foram lançados por Hollywood: Sexo sem Compromisso e Amizade Colorida. O primeiro eu vi por completo e o segundo não terminei de ver, mas o final de ambos é bastante previsível. O casal, que a princípio não queria nada sério um com o outro, acabam se apaixonando. Isso é muito bonito no cinema, no entanto, na vida real sabemos que existe mais de um final para essa história...


Nada contra os que querem relacionamentos fugazes, mas para mim isso é fruto do individualismo e incentiva o egocentrismo e o egoísmo. 

sábado, 3 de dezembro de 2011

Pare de apontar seu fura-bolos para os outros!

Por que você não jogou o lixo fora? E os textos por que estão tão mal escritos? Críticas, críticas e mais críticas! Sou, terminantemente, contra críticas que não constroem! Há várias maneiras de corrigir o que outra pessoa fez, mas apontar o dedo na cara das pessoas para criticar doe demais.



As críticas minam o amor, o amor-próprio e o amor pela pessoa que nos critica. Tudo bem, às vezes a intenção do crítico é "ajudar a pessoa" criticada, mas será mesmo? Será que não é o mais puro egoísmo querermos que as pessoas façam as coisas, exatamente, do jeito que gostamos ou entendemos que é o melhor? Claro, a crítica tem seu lado altruísta, porém não é dando um tapa na cara que conseguimos isso.

A crítica tem suas nuanças que nem sempre conseguimos identificar. Por exemplo, quando dizemos para o namorado(a): "ai, benzinho(a), essa camisa não fica bem em você." ou "amoreco, você nem me ligou ontem." São sutis cobranças que, isoladamente, parecem não afetar o amor genuíno. No entanto, é difícil conviver com alguém que acha que você não faz as coisas do jeito certo, e que está sempre tentando te modificar.

Geralmente, os críticos também são muito duros consigo mesmo e estão sempre se auto-criticando. E qual a solução para esse problema? Compreensão. Primeiro conosco mesmo, porque quando conseguimos nos compreender e relevar nossos próprios erros, conseguimos também compreender o próximo. Com certeza, a vida ficará muito mais leve e agradável sem o peso das críticas.

domingo, 6 de novembro de 2011

Filosofias não óbvias se chamam homens!

Autoria: Talita R da Silva.


Os homens não são tão óbvios, quanto as filosofias do nosso blog. Eles acreditam em saberes paranormais. Exatamente! Na mente da maioria dos homens, nós, mulheres, somos capazes de descobrir tudo que eles pensam, pensaram ou pensarão. Quando eles descobrem que nós somos tão paranormais quanto eles próprios, aí eles encontram motivos para ficarem revoltadinhos. Biquinhos para cá, “como ela é cruel” para lá. Revoltam-se. Afundam-se no mundo do rock deprê, pauleira, I don’t care. Passam a assistir, incessantemente, O Clube da Luta, O Planeta dos Macacos. Discutem com a família, com o cachorro, com o gato. Acalmam-se. Odeiam-se. Odeiam a garota cínica, que nunca desconfiou que ele era apaixonado por ela. Como ela ousara não ler seus pensamentos? Bandida!

Liga para o celular da dama às duas horas da manhã, para avisar que está bêbados, em frente ao mar, com ideias suicidas. Às duas horas da manhã, a dama quer mais é que ele se mate. Ele a odeia. No dia seguinte, ele a ama de novo. Liga ao meio-dia, depois que os efeitos do álcool passaram. Ele só quer vê-la, é o que garante, mas, antes de terminarem uma conversa de trinta minutos, ele já está chorando e dizendo que vai se matar e depois assombrar essa vilãzinha para sempre. Ela não acredita em fantasmas, mas tem certeza de que aquele ser continuará a lhe assombrar, no mínimo, pelo próximo mês. Desliga.

Ele decide que “tem de ser homem” e homem é desapegado. Desapega-se de vintão. Paga uma moça para passar em frente à bandida ingrata, que ousou não amá-lo desesperadamente. A dama agradece aos céus por ele ter arranjado outra para atazanar. É mentira, ele garante. Ele acredita no amor. É um pobre rapazinho, iludido por uma mulher sem coração, que ousou não lhe descobrir o afeto sincero. Se ela não o quer, é porque... Ela é lésbica? Não! Ela é uma frígida desgraçada, conclui:

_Sua frígida infeliz! Vai morrer sozinha!

Essa “sentença futurística” a abala tanto quanto o bater de asas de uma borboleta no Texas.

Acaba a “amizade”. Felizmente! Acabam os sonhos do senhorito. Felizmente! Começa uma nova “amizade”. A dama parece ser uma moça honrada e sensível...

Os homens não são tão óbvios, quanto as filosofias do nosso blog. Eles acreditam em saberes paranormais.

domingo, 30 de outubro de 2011

Agenda cheia para espantar a solidão

Segundas e quartas yoga, terças e quintas inglês e sextas sair com os amigos. Sábados agenda flexível para algo diferente (mas que deve ser preenchida até terça-feira às 18 horas) e domingos almoço com a família.

Pronto, agenda lotada e nenhum tempo para se sentir só. Será?! Às vezes, preenchemos nosso dia com um monte de atividades para não pensarmos em nossas próprias vidas. Mas, estar cercado de pessoas e sempre ocupado não diminui a sensação de vazio que experimentamos quando nos sentimos sós.

As situações são como pensamos que elas sejam, óbvio, não!? Se acharmos que somos sozinhos, nos sentiremos sós, independentemente, de estarmos nesse mundão com mais 6 bilhões de pessoas! Na verdade, somos sozinhos, é um fato. Nascemos sozinhos, comemos sós e morreremos da mesma forma que viemos ao mundo, sem ninguém.


As pessoas que nos acompanham no dia a dia hoje, serão outras no futuro. Iludimo-nos ao achar que ao ter alguém sempre ao nosso lado seremos mais felizes e menos sós. Essa conta não bate. Quanto maior o apego às pessoas que nos cercam, mais solidão.

É um ciclo vicioso, procuramos alguém para não sentir solidão, nos apegamos a esse indivíduo e quando ele se vai, sentimo-nos, novamente, entregues a nós mesmos. E vá lá procurar outro para preencher o vazio. O ciclo só será quebrado, quando aceitarmos a condição de que o homem é, necessariamente, só, apesar de viver em sociedade.

domingo, 23 de outubro de 2011

Complexo de Donzela e outras bobagens sobre o Amor

Vejo no horizonte um lindo rapaz de bastos cabelos dourados cavalgando um cavalo branco e mostrando todos os seus belos dentes brancos para mim! Será um sonho?! Óbvio que sim!


Posto desse jeito esse assunto de “homem-dos-sonhos” parece mesmo muito ridículo, mas ainda há muitas mulheres que acreditam, piamente, nisso. E os meninos também, não duvidem!

E qual a implicação desse tipo de pensamento, o “Complexo de donzela”. Como uma donzela se comporta e pensa? Primeiro, ela nunca deve tomar nenhuma atitude, é sempre o príncipe que deve vir até ela. Segundo, a vida dela só fará sentido quando encontrar o seu príncipe encantado (veja também isso). Terceiro, ela sonha com um casamento e o “... e viveram felizes para sempre”.

Atualmente, há uma supervalorização do amor romântico, como se só isso importasse nas nossas vidas. Vou pontuar algumas coisas que são consequência disso. É bem difícil encontrar músicas que não falem de amor, perda do amor, início do amor e blábláblá. Nas novelas, as personagens vivem em função dos romances. Tudo isso, é o que as pessoas querem para suas próprias vidas.

Isso tudo gera expectativas e ilusões. No mundo real, temos pessoas reais e não existe nem príncipes, nem histórias com finais felizes. Precisamos ser felizes sozinhos, mesmo estando com alguém. Precisamos ser pró-ativos na busca da nossa felicidade e não dá para esperar que o outro tome sempre atitudes para nos fazer felizes.

Percebo também que, por conta dessa supervalorização do amor, as pessoas têm uma necessidade absurda de encontrar alguém para dividir a vida. Daí o sucesso dos sites de relacionamentos, desses para encontrar namorado mesmo. Ficar sozinho é feio, você até pode estar “solteiro, mas sozinho nunca!”.

Isso realmente me incomoda! Não é saudável. O amor romântico é algo lindo, mas é tão importante quanto as outras coisas em nossas vidas.

domingo, 16 de outubro de 2011

Ponha-se no seu lugar!

Nossa! Como sou arrogante! Essa frase é de fato muito arrogante. Imagino a bandida do melodrama mexicano dizendo isso para a pobre mocinha indefesa e apaixonada.
Mas é uma questão de bom conviver na minha opinião. É meio óbvio (mas aqui é tudo muito óbvio mesmo!), mas eu não posso chegar falando qualquer coisa para o meu chefe, nem para minha mãe.
Bom, mas isso ai é muito fácil perceber. O que é realmente difícil é nos darmos conta que estamos passando do limite e, portanto saindo do nosso lugarzinho, em situações mais sutis, como em uma amizade, num namoro ou qualquer outra situação em que não precisamos ser muito formais.
Temos a tendência a achar que dizer a nossa "verdade" sobre os fatos é ser sincero. Não é bem por ai, já disse isso, para mim não existe verdade! Pelo menos não nesse contexto.
Devemos, sim, medir nossas palavras para não ferir desnecessariamente as pessoas. Na nossa arrogância achamos que sabemos o que é melhor para os outros e nos sentimos no direito de invadir o mundo deles. Por isso digo, “Ponha-se no seu lugar” não queira ser psicólogo e analisar todo mundo dando conselhos para tudo.
As relações têm limites e, às vezes, não somos capazes de enxergar com clareza suas nuanças e, invariavelmente, cometemos gafes.
Lembremos, “Cada um no seu quadrado, cada um no seu quadrado...”




domingo, 9 de outubro de 2011

Provar o que, para quem?

Às vezes, nos aproximamos das pessoas por um motivo ou por outro, e depois percebemos que não queremos manter a amizade. Para mim, sempre foi muito difícil romper relações. É como se estivesse virando uma pessoa odiada. Sei lá!

Parece que temos que manter uma boa imagem de nós mesmos, não sei para quem! Qual é o problema em errar? É justamente isso que acontece, às vezes, nos enganamos com as pessoas. Achamos que Fulano é de um jeito, e quando o conhecemos vemos que ele não é bem assim. Não que isso implique em a pessoa ser boa ou ruim, não é um juízo de valor. Apenas existem pessoas com quem convivemos melhor, e outras com as quais não temos muita afinidade.

É como estar ou não em um relacionamento sério. Para as mulheres, estar solteira ou sem um namorado as coloca em uma situação inferior a outras moças que tem “um homem para chamar de seu”. Isso é como se ter alguém testificasse que você é uma pessoa interessante, bonita e agradável. Tanto é que existem pessoas que se desesperam ao ficarem sozinhas. Precisam a todo custo encontrar uma tampa para sua panela!

(https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_1NVTokjHW0zklSrO7u0JES1widOa252or34zLNkKtUU5e_3uti-3iPUQNYgb9vD1GKMleMgQDSzSha7LvsGgxK9p0dFewkZ3yxuQSfWNN5DI1J8tgmXuVw7rTyHHnJG7ipP9S-SijLs/s320/102708.gif)


Saem para a balada, inscrevem-se em sítios de relacionamento na rede, telefonam para bate-papos, essas são algumas das possibilidades para se arranjar um companheiro rapidamente. Claro, que todos esses recursos são bons para os solitários. Porém, tudo isso nos gera uma ansiedade que não tem razão de ser.

Em suma, não precisamos provar nada para ninguém. Agir de maneira assertiva, ao nos afastarmos de alguém ou ficarmos sozinhos por um tempo, pode nos livrar de várias roubadas. Evitando sofrimentos e desgastes desnecessários.

sábado, 1 de outubro de 2011

Quer ser feliz? Pergunte-me como

Infelizmente, não temos uma cartilha com as instruções para viver (já falei sobre isso em Binário). Mas é justamente isso que torna a vida tão interessante e complicada ao mesmo tempo.



                                                     (http://colunistas.ig.com.br/curioso/files/2009/06/cartilha-proenca.gif)


A religião está ai para todos os que quiserem algo pré-fabricado. Claro, existem religiões mais restritivas em que a mulher (sempre a mulher!) não tem direito nenhum, deve ser submissa ao seu homem, e outras que nos permitem mais liberdade de pensamento.

Estamos sempre nos deparando com algum padrão de comportamento, os da religião: casamento, sexo (ou a ausência dele de preferência), certo/errado, bom/mau e outros bem mais sutis.

A roupa que devemos usar, o carro que devemos dirigir, as pessoas com quem devemos manter relações e até o que devemos fazer em um sábado à noite. Todas essas coisas estão implícitas, na propaganda, nas revistas, na novela, nos livros, nos filmes e até mesmo nesse texto que você está lendo agora.

Trocando em miúdos, não podemos aceitar o que os outros falam que é bom como verdade. Aliás, não acredito em verdade (mas isso é tema para outra hora). Não quero com isso dizer que os conselhos dos outros não são bons. Pode até ser, mas antes de mais nada temos que pensar sobre a perspectiva da nossa própria história.

Acho que não há receitas prontas de felicidade (bom, mas se você quiser ler um auto-ajuda, recomendo. Às vezes, trazem coisas úteis). Temos que ser agentes e escrever e reescrever diversas vezes a nossa própria cartilha.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Prato do dia


Às vezes queremos que as coisas funcionem de um determinado jeito na vida, mas elas simplesmente ocorrem como tem que ser. E ai se vão todas as nossas expectativas por água abaixo e surgem as frustrações. Comecei a pensar que as situações da vida são como o prato do dia. Quarta-feira é dia de feijoada e sábado também. Podemos nos lamentar e dizer “quero comer peixe!”, mas o que temos para quarta é a bendita feijoada!
Tudo bem, agora podemos ir ao self-service. O prato do dia é meramente ilustrativo. Não estraguem meu exemplo!
  O que adianta ficar reclamando das situações, ajuda em alguma coisa? Não. Mas também não podemos ficar parados diante das coisas que podemos mudar. Isso serve para as coisas que aparecem e que não são exatamente do jeito que esperávamos.
Agora penso assim “o que temos para hoje?” e tento aproveitar o que vier, pode ser feijoada ou peixe!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Antiquário

São Paulo, 01 de Agosto de 2011.

Não! Não para mim!

Eu vivo do passado, não admito que o tempo passe.

Os garotos de antigamente temiam pela sua reputação.

As garotas de outrora se casavam virgens.

Hoje ninguém tem mais princípios, ninguém tem mais respeito

As coisas não são como antes.

Não! Não para mim!

Não admito mudanças.

Vivo de acordo com os valores do passado.

Tudo que é novo está desmoralizado

As regras se perderam ao longo do caminho.

Não! Não para mim!

As regras são para serem obedecidas

Não importa quem as criou ou se não fazem mais sentido.

O diálogo apenas abre as portas para a desordem.

E as regras calam as dúvidas, proíbem as mudanças.

Não quero mudar! Não quero que as pessoas ao meu redor mudem.

Não! Não me questione, ingrato!

Eu sei o que é melhor para você.

E o melhor é viver comigo dentro deste lugar que eu criei.

Assim, você estará protegido deste mundo egoísta.

E poderá viver a vida que eu idealizei para você.

sábado, 30 de julho de 2011

Binário

   Preto e branco, era assim que víamos o mundo pela tela da TV nos anos 50. Certo e errado, as coisas eram classificadas desse jeito. Mas será que tudo segue um sistema simples de classificar?
   Bom, se as coisas fossem assim, grande parte de nossos problemas atuais estariam resolvidos. Era só pegar a cartilha e classificar tudo.
   Vejamos o caso da luz: é onda ou partícula? As duas coisas ao mesmo tempo! Dependendo da situação ora se comporta como onda, ora como partícula. Comecei a pensar na vida dessa forma. Mas antes de mais nada... matar e roubar, não entram nessa lucubração.
   Sempre achei que depois que alguém me falava a respeito da sua vida, logo essa pessoa se tornava minha amiga, certo?! Errado! Bom, então como saberei se alguém é meu amigo? É ai o pulo do gato, as coisas não são tão simples. Não dá para dizer “é meu amigo ou não é amigo” por uma única atitude.
   O mundo infelizmente não é binário, as coisas não são ou 0 ou 1. Obviamente, existe uma infinidade de números ai no meio... E isso me deixa profundamente confusa. Como agir?!
   E nos relacionamentos amorosos, a mesma coisa. Antes achava que existia o namoro ou a amizade. Aliás, há um tempo era justamente assim. Lembram do programa do Sílvio Santos “Em nome do amor” que passava no SBT na década de 90? Era tudo muito simples: os mocinhos ficavam de um lado, as mocinhas de outro, eles se olhavam através do binóculo e depois os rapazes chamavam as moçoilas para uma dança. Ao final da dança o Sílvio perguntava “Então, é namoro ou amizade?”. Pronto, só havia duas opções.
   Não é só porque um cara te chama para sair que ele quer algo sério com você. E o que que eu faço, chamo o Roque?!
   As consequências de tudo isso é que nem sempre sabemos qual a melhor forma de agir ou o que pensar de uma situação. Não acho que devamos entrar em um pessimismo sem próposito, mas também não podemos ficar interpretando o mundo de uma forma simples.

Apresentação

Olás!

O título do blog é bastante sugestivo e a ideia é essa mesma. Não esperem nada grandioso ou inédito. São conclusões a que chegamos, na nossa pouca experiência de vida, com as situações da vida cotidiana. Primeiramente nem filósofas somos, somos biólogas. O que não nos permite as citações tão caras aos nossos amigos das humanidades.