sábado, 30 de julho de 2011

Binário

   Preto e branco, era assim que víamos o mundo pela tela da TV nos anos 50. Certo e errado, as coisas eram classificadas desse jeito. Mas será que tudo segue um sistema simples de classificar?
   Bom, se as coisas fossem assim, grande parte de nossos problemas atuais estariam resolvidos. Era só pegar a cartilha e classificar tudo.
   Vejamos o caso da luz: é onda ou partícula? As duas coisas ao mesmo tempo! Dependendo da situação ora se comporta como onda, ora como partícula. Comecei a pensar na vida dessa forma. Mas antes de mais nada... matar e roubar, não entram nessa lucubração.
   Sempre achei que depois que alguém me falava a respeito da sua vida, logo essa pessoa se tornava minha amiga, certo?! Errado! Bom, então como saberei se alguém é meu amigo? É ai o pulo do gato, as coisas não são tão simples. Não dá para dizer “é meu amigo ou não é amigo” por uma única atitude.
   O mundo infelizmente não é binário, as coisas não são ou 0 ou 1. Obviamente, existe uma infinidade de números ai no meio... E isso me deixa profundamente confusa. Como agir?!
   E nos relacionamentos amorosos, a mesma coisa. Antes achava que existia o namoro ou a amizade. Aliás, há um tempo era justamente assim. Lembram do programa do Sílvio Santos “Em nome do amor” que passava no SBT na década de 90? Era tudo muito simples: os mocinhos ficavam de um lado, as mocinhas de outro, eles se olhavam através do binóculo e depois os rapazes chamavam as moçoilas para uma dança. Ao final da dança o Sílvio perguntava “Então, é namoro ou amizade?”. Pronto, só havia duas opções.
   Não é só porque um cara te chama para sair que ele quer algo sério com você. E o que que eu faço, chamo o Roque?!
   As consequências de tudo isso é que nem sempre sabemos qual a melhor forma de agir ou o que pensar de uma situação. Não acho que devamos entrar em um pessimismo sem próposito, mas também não podemos ficar interpretando o mundo de uma forma simples.

Apresentação

Olás!

O título do blog é bastante sugestivo e a ideia é essa mesma. Não esperem nada grandioso ou inédito. São conclusões a que chegamos, na nossa pouca experiência de vida, com as situações da vida cotidiana. Primeiramente nem filósofas somos, somos biólogas. O que não nos permite as citações tão caras aos nossos amigos das humanidades.